domingo, 3 de maio de 2015

A história do carro a combustão e do carro elétrico.

A HISTÓRIA DO CARRO A COMBUSTÃO

O sistema moto propulsor de uma máquina é o responsável por produzir força motriz suficiente para gerar movimento. No automóvel isto não é diferente, pois o conjunto de peças que dão forma ao motor são as responsáveis por gerar, através de um movimento retilíneo, uma resultante de movimento rotativo.

O primeiro motor de combustão interna foi inventado e construído por Jean Joseph Étiènne Lenoir, engenheiro belga, nascido em 1822, em Luxemburgo.


Mais tarde, Nikolaus August Otto, nascido em 1832, na Alemanha, estudando os trabalhos de Jean, acabou descobrindo o valor da compressão da mistura de combustível e ar, antes de queimar na câmara de combustão, o que aumentava significativamente a força gerada pelo motor. A partir daí, surge à ideia do ciclo de quatro tempos de movimento do êmbolo (ou pistão), e nasce o Motor Ciclo Otto movido à gasolina.


Depois da sua criação o motor de combustão interna criado por Nikolaus August Otto atravessaria os séculos impulsionando as formas de tração mecânica. Com as ciências da antiga geração, do século XVII, foi que o homem buscou construir um mecanismo para gerar força de uma maneira automática, diferente de uma tração humana ou animal, e que pudesse levá-lo a grandes distâncias e certas velocidades maiores que as de seus passos.

Foi no ano de 1860 que a ideia de construir uma máquina que utilizasse o benzeno como combustível pode ser, seis anos mais tarde, em 1866, concretizada por um comerciante e interessado em ciências das mais diversas, Nikolaus August Otto.

De nacionalidade Alemã, nascido em Holzhausen an der Haid, Otto teve contato na época com outros inventores e cientistas que ao mesmo tempo, e até antes de Otto já trabalhavam em projetos semelhantes, pois na época, o motor a vapor já estava bem difundido entre eles. Inclusive com certa frequência já se via algumas embarcações nos rios e algumas locomotivas movidas pela pressão do vapor cruzando o território Europeu e Americano.

Nikolaus August Otto teve a ideia de construir um mecanismo, baseado no conjunto mecânico de pedal e manivela muito utilizado em serviços braçais e nas bicicletas, onde uma mistura de ar e combustível pudesse explodir e gerar força e movimento. Esse mecanismo foi projetado e construído para trabalhar em um ciclo de quatro tempos, daí o nome no motor que ficou conhecido como motor de combustão interna ciclo Otto.



O motor de Otto obteve inúmeras vantagens em relação ao motor a vapor. Uma delas é o baixo peso já que o motor a combustão interna não precisava de um reservatório de água para ser aquecida, muito menos um combustível para ser queimado e aquecer a água, sendo na época comum utilizar a lenha ou o carvão.

Outra vantagem era o baixo consumo de combustível, embora ainda sendo benzeno e um sistema de alimentação de combustível não muito eficiente, que se diferenciava dos motores anteriores, onde em poucos quilômetros ou em poucas horas de funcionamento queimavam um balaio de lenha.

A potência dos motores de combustão interna ciclo Otto também superava, em proporções de tamanhos, a do motor a vapor. Apenas a pressão do vapor empurrava os pistões e bielas para gerar força e movimento rotativo enquanto no motor de ciclo Otto, uma explosão de combustível, um poder térmico e um deslocamento de gases assumiam o papel do vapor com muito mais eficiência, gerando maior potência.


Quanto à utilização de gasolina, que antes de ser utilizada nos motores era um subproduto do petróleo jogado fora, passou a ser um combustível com mais poder de explosão e com um percentual de lubrificação, alimentando os motores, o motor de ciclo Otto aumentou ainda mais a sua potência e torque.

O motor de combustão interna ciclo Otto com todas essas vantagens, sendo mais leve e compacto, oferecendo mais versatilidade em comparação com os motores a vapor, logo se consagrou como a força motriz que se estenderia até os dias atuais nas mais diferentes aplicações que pudesse servir com a sua força de trabalho ao homem. Os automóveis, as embarcações, os ônibus, os caminhões, as máquinas de trabalho rural e de canteiros de obras, assim como na indústria em geral e até mesmo na aviação utilizam ainda o princípio de funcionamento, em motores de combustão interna, de 150 anos atrás.


A HISTÓRIA DO CARRO ELÉTRICO

Automóveis movidos a energia elétrica, diferente do que grande parte da população imagina, trata-se de uma tecnologia antiga e logo nos primeiros anos da indústria automobilística já havia sido desenvolvido veículos com essa propulsão. O primeiro protótipo foi construído na Escócia na década de 1830. A princípio esses veículos não se popularizam, porque as baterias não eram recarregáveis e a substituição constante delas encarecia a manutenção dos veículos. Só em 1890, já com baterias recarregáveis, foi desenvolvido um modelo com grande participação no mercado automobilístico, foi o primeiro carro elétrico de fato. Desde então, os carros elétricos foram ganhando mais espaço na sociedade, chegando a compor 28% dos veículos americanos em 1900.

Carro elétrico desenvolvido por William Morrison em 1890.

Entretanto, a ascensão dos veículos elétricos no mercado foi contida por Henry Ford, que desenvolveu o carro a combustão Modelo T e criou a filosofia de mercado que marcou o século XX, o fordismo. A partir de então, a participação dos carros elétricos na sociedade praticamente desapareceu.

Só na década de 1970, quando preocupações com a poluição e a elevação do preço da gasolina tomaram conta do cenário mundial, os carros elétricos voltaram a ser produzidos como alternativa de substituição dos carros a combustão. Dessa forma, governos e empresas passaram a estimular pesquisas para desenvolver os veículos elétricos, pois esses possuíam menor potência e autonomia, além da demora que existia para recarregar tais veículos.  Sendo assim, vários modelos foram criados da década de 1970 até o ano 2000. Destacam-se o EV1, produzido pela norte-americana General Motors de 1996 a 1999, e o modelo elétrico do RAV 4, produzido pela japonesa Toyota de 1997 a 2003. Esses modelos, porém, não alcançaram os níveis de vendas esperados.

General Motors EV1 sendo recarregado

Já no terceiro milênio, a Tesla Motors, empresa norte-americana, revolucionou o conceito de carro elétrico desenvolvendo modelos de alta performance que agradaram muito aos críticos automobilísticos. Além disso, as grandes empresas do setor passaram a desenvolver carros híbridos, que se locomovem através de motores de combustão interna aliados a motores elétricos. Sendo assim, os veículos elétricos passaram a ganhar maior participação no cenário mundial, apesar de ainda representarem uma porcentagem ínfima do mercado. Hoje, praticamente todas as grandes empresas do setor têm projetos de carros elétricos em desenvolvimento e que serão lançados nos próximos anos.

Tesla Roadster, carro de alta performance produzido entre 2006 e 2011.


Referências bibliográficas:
<http://www.infomotor.com.br/site/2009/01/historia-do-motor-a-combustao-interna-ciclo-%E2%80%9Cotto%E2%80%9D/>
<http://www.eumed.net/libros-gratis/2010e/827/Motor%20de%20Combustao%20Interna.htm>
<http://www.planetseed.com/pt-br/node/102394>
<http://super.abril.com.br/tecnologia/carros-eletricos-velocidade-limpa-447363.shtml>

Alunos responsáveis: João Marcos Toledo Rocha, Rafael Ferreira Carneiro.

PLANEJAMENTO DO GRUPO

Para a próxima semana o grupo decidiu concluir as postagens de introdução apresentando um texto que irá abordar o funcionamento dos carros movidos a combustão e dos carros elétricos.

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