A HISTÓRIA DO CARRO A COMBUSTÃO
O sistema moto
propulsor de uma máquina é o responsável por produzir força motriz suficiente
para gerar movimento. No automóvel isto não é diferente, pois o conjunto de
peças que dão forma ao motor são as responsáveis por gerar, através de um
movimento retilíneo, uma resultante de movimento rotativo.
O
primeiro motor de combustão interna foi inventado e construído por Jean Joseph
Étiènne Lenoir, engenheiro belga, nascido em 1822, em Luxemburgo.
Mais
tarde, Nikolaus August Otto, nascido em 1832, na Alemanha, estudando os
trabalhos de Jean, acabou descobrindo o valor da compressão da mistura de
combustível e ar, antes de queimar na câmara de combustão, o que aumentava
significativamente a força gerada pelo motor. A partir daí, surge à ideia do
ciclo de quatro tempos de movimento do êmbolo (ou pistão), e nasce o Motor
Ciclo Otto movido à gasolina.
Depois da sua
criação o motor de combustão interna criado por Nikolaus August Otto
atravessaria os séculos impulsionando as formas de tração mecânica. Com as
ciências da antiga geração, do século XVII, foi que o homem buscou construir um
mecanismo para gerar força de uma maneira automática, diferente de uma tração
humana ou animal, e que pudesse levá-lo a grandes distâncias e certas
velocidades maiores que as de seus passos.
Foi no ano de
1860 que a ideia de construir uma máquina que utilizasse o benzeno como
combustível pode ser, seis anos mais tarde, em 1866, concretizada por um
comerciante e interessado em ciências das mais diversas, Nikolaus August Otto.
De nacionalidade
Alemã, nascido em Holzhausen an der Haid, Otto teve contato na época com outros
inventores e cientistas que ao mesmo tempo, e até antes de Otto já trabalhavam
em projetos semelhantes, pois na época, o motor a vapor já estava bem difundido
entre eles. Inclusive com certa frequência já se via algumas embarcações nos
rios e algumas locomotivas movidas pela pressão do vapor cruzando o território
Europeu e Americano.
Nikolaus August
Otto teve a ideia de construir um mecanismo, baseado no conjunto mecânico de
pedal e manivela muito utilizado em serviços braçais e nas bicicletas, onde uma
mistura de ar e combustível pudesse explodir e gerar força e movimento. Esse
mecanismo foi projetado e construído para trabalhar em um ciclo de quatro
tempos, daí o nome no motor que ficou conhecido como motor de combustão interna
ciclo Otto.
O motor de Otto
obteve inúmeras vantagens em relação ao motor a vapor. Uma delas é o baixo peso
já que o motor a combustão interna não precisava de um reservatório de água
para ser aquecida, muito menos um combustível para ser queimado e aquecer a
água, sendo na época comum utilizar a lenha ou o carvão.
Outra vantagem
era o baixo consumo de combustível, embora ainda sendo benzeno e um sistema de
alimentação de combustível não muito eficiente, que se diferenciava dos motores
anteriores, onde em poucos quilômetros ou em poucas horas de funcionamento
queimavam um balaio de lenha.
Quanto à
utilização de gasolina, que antes de ser utilizada nos motores era um
subproduto do petróleo jogado fora, passou a ser um combustível com mais poder
de explosão e com um percentual de lubrificação, alimentando os motores, o
motor de ciclo Otto aumentou ainda mais a sua potência e torque.
O motor de
combustão interna ciclo Otto com todas essas vantagens, sendo mais leve e
compacto, oferecendo mais versatilidade em comparação com os motores a vapor,
logo se consagrou como a força motriz que se estenderia até os dias atuais nas
mais diferentes aplicações que pudesse servir com a sua força de trabalho ao
homem. Os automóveis, as embarcações, os ônibus, os caminhões, as máquinas de
trabalho rural e de canteiros de obras, assim como na indústria em geral e até
mesmo na aviação utilizam ainda o princípio de funcionamento, em motores de
combustão interna, de 150 anos atrás.
A HISTÓRIA DO CARRO ELÉTRICO
Automóveis
movidos a energia elétrica, diferente do que grande parte da população imagina,
trata-se de uma tecnologia antiga e logo nos primeiros anos da indústria
automobilística já havia sido desenvolvido veículos com essa propulsão. O
primeiro protótipo foi construído na Escócia na década de 1830. A princípio
esses veículos não se popularizam, porque as baterias não eram recarregáveis e
a substituição constante delas encarecia a manutenção dos veículos. Só em 1890,
já com baterias recarregáveis, foi desenvolvido um modelo com grande
participação no mercado automobilístico, foi o primeiro carro elétrico de fato.
Desde então, os carros elétricos foram ganhando mais espaço na sociedade,
chegando a compor 28% dos veículos americanos em 1900.
Carro elétrico
desenvolvido por William Morrison
em 1890.
Entretanto, a ascensão dos veículos elétricos no mercado foi contida por Henry Ford, que desenvolveu o carro a combustão Modelo T e criou a filosofia de mercado que marcou o século XX, o fordismo. A partir de então, a participação dos carros elétricos na sociedade praticamente desapareceu.
Só
na década de 1970, quando preocupações com a poluição e a elevação do preço da
gasolina tomaram conta do cenário mundial, os carros elétricos voltaram a ser
produzidos como alternativa de substituição dos carros a combustão. Dessa
forma, governos e empresas passaram a estimular pesquisas para desenvolver os
veículos elétricos, pois esses possuíam menor potência e autonomia, além da
demora que existia para recarregar tais veículos. Sendo assim, vários modelos foram criados da
década de 1970 até o ano 2000. Destacam-se o EV1, produzido pela norte-americana
General Motors de 1996 a 1999, e o modelo elétrico do RAV 4, produzido pela
japonesa Toyota de 1997 a 2003. Esses modelos, porém, não alcançaram os níveis
de vendas esperados.
General Motors EV1
sendo recarregado
Já
no terceiro milênio, a Tesla Motors, empresa norte-americana, revolucionou o
conceito de carro elétrico desenvolvendo modelos de alta performance que
agradaram muito aos críticos automobilísticos. Além disso, as grandes empresas
do setor passaram a desenvolver carros híbridos, que se locomovem através de
motores de combustão interna aliados a motores elétricos. Sendo assim, os
veículos elétricos passaram a ganhar maior participação no cenário mundial,
apesar de ainda representarem uma porcentagem ínfima do mercado. Hoje,
praticamente todas as grandes empresas do setor têm projetos de carros
elétricos em desenvolvimento e que serão lançados nos próximos anos.
Tesla Roadster, carro
de alta performance produzido entre 2006 e 2011.
Referências bibliográficas:
<http://www.infomotor.com.br/site/2009/01/historia-do-motor-a-combustao-interna-ciclo-%E2%80%9Cotto%E2%80%9D/>
<http://www.eumed.net/libros-gratis/2010e/827/Motor%20de%20Combustao%20Interna.htm>
<http://www.planetseed.com/pt-br/node/102394>
<http://super.abril.com.br/tecnologia/carros-eletricos-velocidade-limpa-447363.shtml>
Alunos responsáveis: João Marcos Toledo Rocha, Rafael Ferreira Carneiro.
PLANEJAMENTO DO GRUPO
Para a próxima semana o grupo decidiu concluir as postagens de introdução apresentando um texto que irá abordar o funcionamento dos carros movidos a combustão e dos carros elétricos.
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